A alegação de que há falta de livros nas bibliotecas, seus altos custos ou mesmo a indisponibilidade em livrarias o que dificulta aos alunos o acesso a uma bibliografia básica específica, não justifica essa transgressão aos direitos autorais. O tempo investido pelo autor, os custos de produção, editoração, distribuição, comercialização, etc., tem um custo que não se resume ao valor monetário final do livro. Mesmo os livros que são subsidiados por verbas públicas, contém um conhecimento que não é um ‘Produto Perecível’. Os “produtores dessa mercadoria” não podem ser punidos. Quanto às distorções na distribuição de verbas públicas para a editoração de livros que atendem ao ensino seja ele básico ou universitário, devem ser corrigidas para que não assistamos ao que recentemente ocorreu em alguns estados da federação em que estoques inteiros de livros didáticos foram destinados à reciclagem de papel sob a alegação de “Validade Vencida”, como se conhecimento fosse um produto perecível! (sem mais comentários).
COPIAR NÃO É PRECISO! – Essa mesma problemática de falta de livros sempre foi uma constante, e nem por isso os alunos deixavam de estudar e consultar os livros específicos, mesmo livros em idiomas estrangeiros, muitas vezes emprestados pelos professores quando os mesmos não existiam nas bibliotecas.
Como era resolvida essa problemática? – Muito simples! – Os alunos aprendiam a FICHAR O LIVRO. Era feito um resumo, em fichas, metódico, criterioso, do livro todo, respeitando cada capítulo, desde a introdução até as conclusões. Cada aluno se responsabilizava pela elaboração das fichas de um ou dois livros ao mês, de acordo com suas habilidades lingüísticas. Essas fichas eram trocadas entre os alunos para estudo em grupo e expostas em seminários sob a supervisão dos professores, com muito bom resultado no aprendizado dos conteúdos específicos das diferentes disciplinas.
Quem realmente está interessado em aprender, veste a camisa de estudante. Receber uma cópia de um texto é muito cômodo. Aprender o conteúdo específico demanda estudo, esforço individual aliado a um grupo de estudo. Ao FICHAR UM LIVRO o aluno estará fazendo um aprendizado muito superior ao que vai conseguir lendo um texto copiado, mesmo que autorizado pelo autor.