AQUECIMENTO GLOBAL ou Nova GLACIAÇÃO À Vista?

Duas notícias hoje me chamaram a atenção:
1- Carta aberta ao Secretário-geral da ONU com cópia para todos os chefes de governos a que pertencem os 100 signatários do documento (blog - Mitos Climáticos) - diz na abertura : _" A Conferência das Nações Unidas sobre o clima está a levar o mundo numa direção completamente errada".
2- Dois artigos de Fabiana Leal postados hoje na internet : a) SC registra recorde no número de geadas no verão; 80% do verão em SC foi de agradável a frio em pleno verão. Geou 12 vezes (dias 2; 5; 13; 18; 26 e 27 de dezembro 2008; dias 5; 6; 21;22 em janeiro; dias 15 de fevereiro e 15 de março de 2009); b) RS registra a temperatura mais baixa do ano!!!
E, coincidentemente encontrei numa velha pasta uma reportagem divulgada pela revista Realidade na década de 1970 com a seguinte manchete: -" UMA CAMADA DE GELO COBRIRÁ A TERRA - o mundo está esfriando. Uns dizem que falta 90.000 anos para uma nova era glacial. Outros preveem que tudo pode ocorrer em 200 anos!"
O artigo está baseado em dados fornecidos por um satélite americano. Os dados foram analisados por dois climatologistas - George e Helena Kukla da Universidade da Colúmbia.
Diz o artigo - 1- As pesquisas revelam que só no ano de 1971 a área de gelo no Hemisfério Norte havia aumentado em 12% e que a ilha de Baffin passou a apresentar gelo sólido ao invés de neve solta como era anteriormente observado. 2- Durante os últimos 30 anos(ou seja desde a década de 1940) a atmosfera vem esfriando gradualmente. 3- Já há tempo que não existem dúvidas de que estamos a caminho de uma nova era glacial.
Baseando-se em estudos da época do Pleistoceno (ou glacial) calculam um período de 90.000 anos de calor, com um clima mais tipo temperado. Este período estudado se caracteriza por 4 estágios de glaciação com 100.000 cada um, intercalados de períodos interglacias quentes. O último período glacial se encerrou há 10.000 anos. Assim, faltariam 90.000 para a nova glaciação.
Porém, o referido artigo da revista Realidade cita outra pesquisa publicada(1955) em um jornal americano especializado em geologia. A pesquisa foi realizada por Cesare Emiliani, prof. de geologia na Universidade de Miame - EEUU, utilizando amostras de sedimentos do fundo do mar (Oc. Atlântico, Pacífico e mar das Caraibas) elaborou um gráfico das flutuações das temperaturas e descobriu que elas não se enquadravam nas descrições clássicas. Ao invés de 4 períodos frios, ele encontro sete (7) períodos glaciais intercalados por seis intermediários de calor. E nenhum deles tinha a duração de 100.000 anos; o período era bem inferior. Considerando que o mar é um ambiente mais estável e que os sedimentos neles depositados oferecem registros mais seguros, o professor Emiliani prosseguiu os estudos, despertando a atenção de outros estudiosos. Destes estudos concluiram que o fim do período interglacial está bem mais próximo - variando de dois séculos a 2.000 anos!
Segundo eles as mudanças climáticas serão progressivas e cada vez mais prolongados os períodos frios em ambos os hemisférios. Fala também do comportamento imprevisível dos fenômenos meteorológicos que não obedecem a padrões meteorológicos que nada tem a ver com a ação humana, mas sim com fatores relacionados com os movimentos do planeta, com a inclinação do eixo terrestre, com a expansão das áreas de ventos polares secos e de grande altitude (o chamado vortex circumpolar) que sopra de oeste para leste.
O artigo ainda analisa a ação do homem e a poluição concluindo que "os efeitos perniciosos causados pela era super-industrial podem se cancelar. O resfriamento induzido pelo smog seria compensado pela estufa de dióxido de carbono". Mas, o que realmente se espera é o resfriamento cada vez maior.
Em síntese - grandes mudanças climáticas são uma realidade, seus efeitos sobre a humanidade já se fazem sentir com secas, tempestades, inundações, derretimento de gelo em alguns lugares e acúmulo do mesmo em outros... - "o frio, o lobo não come"... O aquecimento global tão propalado está na contra-mão da realidade que se pode observar.