Avaliar conteúdos programáticos ou comportamento?
Esta é a questão do processo educativo que parece difícil de ser definida...e entendida.
Mas não é impossível! Basta ser coerente e seguir o que diz cada um dos itens.Um não exclue o outro, mas são completamente diferentes. EDUCAÇÃO compreende um conjunto de atitudes adotadas para inserir cianças e jovens na sociedade; tem por finalidade incutir princípios éticos, morais, culturais, de sociabilidade, etc. Deve ser função da Família, da Igreja, da Sociedade e do Estado.
INSTRUÇÃO é o conjunto de conteúdos programáticos transmitidos pela Escola pública e/ou particular e pela Família, de forma gradativa de acordo com as capacidades intelectivas de aprendizado do estudante, independente se sua origem social, étnica, religiosa, etc. Sua finalidade é a de transmitir conhecimentos que permitem o desenvolvimento de habilidades que exigem raciocínio, memorização,transferência de conhecimentos para aplicação na vida prática através do exercício de uma profissão. Inclui conhecimento da língua pátria, sua história, ambiente geográfico, conhecimentos de ciências, matemática, física, química, geometria, desenho, música, filosofia, etc.
Os métodos de avaliação devem portanto ser diferentes, pois o normal é termos crianças e jovens extremamente educados, gentis, prestativos, sociáveis, etc, porém com enorme dificuldade de assimilar determinados conteúdos. Estes alunos com restrições naturais na sua capacidade de aprendizado se auto-excluem (evasão escolar) em busca de outras opções que atendam suas habilidades motoras, e interesses latentes que não estão sendo respeitados em sua índole natural. Quando um aluno diz:- "isso não cabe na minha cabeça", não cabe mesmo!
Há muitas falhas na alfabetização, é verdade. Mas a falha maior está na teimosia em querer nivelar todos por baixo, seguida da supressão das etapas de seleção gradativa permitindo, sem traumas, cada um seguir seu caminho. - A cada um de acordo com sua capacidade. E isso não é motivo para "discriminação" pois faz parte das diferenças individuais naturais de cada um.
A continuarem esses critérios de avaliação - misturar conteúdos com comportamento - nunca sairemos do 3º Mundo (adotado)...
Nossos alunos merecem respeito. Escola de qualidade, sim.
É verdade que há alunos malandros que não gostam de estudar, preguiçosos, que fogem das aulas, etc. Mas, quero lembrar aqui a quem nunca trabalhou com alunos em sala de aula, que dia de prova (avaliação) a frequência era em geral de 100%. Para bom entendedor isso significa algo mais que está sendo ignorado pelos responsáveis pelo ensino.Ou seja, o estudante quer ser levado a sério.E não é cultivando a preguiça mental que sairemos dessa situação de mediocridade a que se chegou.