Em nossa infância a figura do(a) professor(a) era um símbolo. Representava a chave para o aprendizado em todos os níveis. Tinham um status social pela sua postura de mestre, detentor/a de conhecimentos transmitidos a seus pupilos no dia a dia, não só nas lições, mas também pela sua postura - modelo. Era respeitado/a e tinha uma remuneração digna, condizente com sua nobre função: a Formação de Profissionais...
As reformas do ensino, somadas a avalanche de novos comportamentos introduzidos pelos meios de comunicação de massa, desmantelando conceitos e tradições ético-sociais e atingindo as famílias, a religião e os bons costumes, contribuiu largamente para a desestruturação do sistema educacional.
Hoje, grupelhos de 'reformadores contestadores' conseguem pela força, impor-se e inibir a ação educativa que passou a ser contestada como se obsoleta fosse.
Isso já atingiu muitos professores, que pela sua nobre função, deveriam estar acima de qualquer ideologia menor que quer apenas dominar, exercer o poder.
Hoje faltam professores. Sobram alunos sem oportunidade de realizar o verdadeiro aprendizado.
Que fazer? - Formar novos professores? - Reciclar os que ainda se aventuram a enfrentar o caos do ensino público?
Antes de tudo é preciso valorizar o professor. Dar-lhe condições de trabalho. Ensinar não é tarefa fácil. O número de professores/as que recorrem ao afastamento de suas funções por motivos de saúde é preocupante. Isto quando não abandonam o magistério e mudam de profissão.
Professor é um ser humano. Não é uma máquina a produzir índices para pesquisas e relatórios burocráticos. É nisso que ele tem sido transformado na medida que é ele quem tem sido obrigado a aprovar alunos sem condições de acompanhar conteúdos. Acompanhamos o início dessa obrigatoriedade em que professor que tinha maior número de alunos reprovados, perdia suas férias tendo que assistir a uma verdadeira "lavagem cerebral" onde era convencido de que estava errado e o aluno mesmo não sabendo a matéria deveria ser promovido à série seguinte.
O resultado aí está. FALTAM PROFISSIONAIS NA ÁREA.
E falta mão de obra especializada em muitas áreas produtivas, pois o sistema adotado criou parasitas alienados da realidade.
Valorizar o Profissional que forma profissionais é a solução. O respeito que ele receber se refletirá nos resultados também.