terça-feira, 16 de junho de 2009

"O CHÁ DA VOVÓ"

Nos bons tempos do antigamente resolvia-se muitos problemas de saúde com um chá de ervas medicinais e aromáticas cultivadas em jardins e hortas domésticas.
Muitas plantas já são do conhecimento de todos há centenas e centenas de anos, e muitas fazem parte da farmacopéia.
A volta aos chás da vovó - desde a chávena de chá de folhas de rosas brancas, à terrível infusão de erva de Santa-Maria, ao insosso chá de cabelo de milho, tem que ser feito de maneira correta e para o caso específico. Os fanatismos só prejudicam o bom aproveitamento dos seus valores medicinais.
O chá de Alecrim (de jardim, rosmaninho, alecrinzeiro) por exemplo já era famoso no século XVI com ação terapêutica nos casos de estímulo do sistema nervoso, fortalecimento da memória e combate à depressão. Diz-se que a rainha Isabel da Hungria, avançada em idade e com a saúde debilitada teria se curado e até rejuvenescido graças aos chás que ela preparava utilizando alfazema, alecrim e tomilho. Sabe-se que a Alfazema funciona mais como anti-séptico e inseticida. Somente as extremidades floridas é que podem ser usadas em doses mínimas e sob orientação especializada. Quanto ao tomilho, planta aromática da culinária mediterrânea pode até substituir o café.
Algumas receitas são no mínimo curiosas como é o caso da receita publicada numa edição antiga do livro Casa Grande & Senzala - o chá de cabelo de milho ao qual eram adicionadas 6 moscas!!!
Em "As Delícias da Cozinha Alternativa" - M. e Mário Sanchez - encontramos não só os chás da vovó, mas também curiosidades úteis de como fazer leite em casa usando grãos de soja, de arroz, de aveia, de amêndoas... e as propriedades de leite extraído de vegetais.
O bom senso no uso não só dos chás, mas também de todo e qualquer alimento é a "receita" básica que todos devem seguir. O bom senso ainda é o melhor conselheiro.
Não transforme o chá em mais um vício!