quarta-feira, 14 de outubro de 2009

FAVELIZAÇÃO DO CAMPO

Trabalhar a terra é uma atividade milenar, mas nem todas as pessoas tem capacidade, vocação ou dom para o ofício.
Vivemos na área rural boa parte de nossa infância e sempre acompanhamos o trabalho realizado desde o preparo da terra, a semeadura, o trato da lavoura até a colheita dos mais variados produtos - horti-fruti-granjeiros, o cultivo de grãos e de café - . Sabemos o tempo de trabalho determinado pelo clima, a dedicação necessária para se obter o sustento de uma família, bem como, por tradição familiar, sabemos que "uma quarta de terra produtiva" fornece o sustento de uma família que se dedique ao cultivo rotativo de diversas culturas temporárias.
Saberão os atuais Ministros da Reforma Agrária e da Agricultura plantar uma quarta de terra? - E os líderes dos movimentos como MST/Via Campesina e outros, sobreviveriam da terra se não tivessem gordas verbas a sustentá-los?
Já sabíamos que os assentamentos da tão falada "Reforma Agrária" dificilmente levariam aos assentados os resultados mínimos para seu sustento. Tudo por falta de conhecimento no uso do solo; pura ignorância sacramentada pelo sistema utilizado na aplicação do pouco que se tem feito em prol do campo. Assim, vemos produzir só quem tem capacidade e visão de como usar o solo.
Os índices divulgados pela pesquisa realizada não nos surpreendeu: 37% não produzem nada! - 48% não são os que inicialmente receberam terras (venderam e voltaram para as cidades); e 72% dos assentados não tem renda, sobrevivendo de bolsas e cestas básicas dadas pelo governo às custas de quem trabalha e produz e paga impostos de tudo.
- E aí, José? - Queres tirar de quem produz para dar a quem não sabe e nem quer de verdade produzir?- Isso é um crime lesa-Pátria! É jogar para favelas rurais quem poderia ao menos ter sido treinado para trabalhar no campo antes de ser "premiado" com um lote de terras....
Fica a dúvida: - Os líderes desses movimentos e respectivos políticos que os apoiam existiriam se eles tivessem que assumir a responsabilidade de ensinar a cada cidadão assentado como se prepara a terra, como cuidar de cada tipo de cultura apropriada para cada região do país, como enfrentar as incertezas do clima (que sempre houve), o mercado, etc....
Lembremos que a revolução comunista na Rússia onde os proprietários produtores foram mortos, expropriados pelos bolcheviques que se instalaram no poder, levaram a uma generalização da miséria no país. Cuba? - Já comentamos. Lá está quem não conseguiu fugir do país, vivendo à mingua, enquanto o "Comandante Fidel Castro" tem uma fortuna maior que a da rainha da Inglaterra...
Palavra que tenho pena dos assentados, principalmente dos jovens e crianças que estão sendo arrastados junto com fanáticos insanos.
A ambição de serem "donos de terras" é que vem fisgando cidadãos incautos e ingênuos, fáceis de serem enganados com a falsa promessa de riqueza fácil. Trabalho no campo não é fácil. Riqueza maior é a da dignidade que um pode ter, seja em que profissão for. Proprietário ou não de terras.
Não importa. O que importa é poder andar de cabeça erguida sem se curvar a líderes que são os piores inimigos que poderiam querer ter.
Acabem com a Favelização do Campo, senhores Ministros e Politicos, para o bem da NAÇÃO.