quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ENVENENAMENTO MENTAL

Tivemos a sorte de ter bons, ou melhor, ótimos professores em todos os níveis, que além dos conteúdos próprios das diferentes disciplinas se preocupavam em transmitir valores que se somavam ao aprendizado.
Lembramos hoje do prof. Raul. Um senhor de cabelos grisalhos, alto, forte, com um rosto iluminado. Inesquecível! Foi professor substituto da professora titular de francês, dona Célia, em licença maternidade. Cursávamos a então 2ª série ginasial na E. E. Cel. Nhonhô Braga em Piraju-SP.
Em suas aulas tranquilas, além do francês, bom observador, ao invez de repreender algum aluno quando percebia certa animosidade entre eles, passava orientações sobre a maneira de falar com urbanidade e respeito. Preocupava-se também com a maneira correta de sentar dos alunos, pois uma postura correta aumenta a capacidade de atenção e aprendizado, detalhe que a moderna pedagogia ignora.
Dizia ele: - Nunca se deve usar palavras agressivas ao falar. Afirmativas como: "eu odeio", "eu detesto", "tenho raiva", "quero que vc. morra", "eu mato", muitas vezes seguidas de um enfático "juro!", num determinado momento agem, pela vibração negativa de que são carregados, como uma arma mortífera. Isto ocorre pelo "envenamento mental" a que a pessoa se expõe. Ela se torna presa do mal e acaba praticando um ato criminoso cultivado inconscientemente e que normalmente ela não praticaria.
Notamos que muitas vezes há pessoas que agem de forma agressiva por força do "cultivo" de pensamentos negativos em relação a familiares, vizinhos e até de desconhecidos, pelo simples fato de terem a mente presa a pensamentos negativos e agressivos.
O ambiente familiar, o escolar e a religiosidade devem manter uma linha harmoniosa entre si com o intuito de melhorar a conduta das crianças e jovens no lar e na sociedade.
Infelizmente há um "4º poder", o da mídia que expõe abertamente conceitos e valores falsos que levam à confusão mental dos jovens e crianças - o correto passa a ser considerado "careta" e o errado passa à permissividade.
As últimas décadas primam pelo desrespeito sob todas as formas de mentira, opressão, chantagem emocional, falsos socialismos, politicas escravajistas de "bolsas" comprando consciências, o exarcebamento em relação às diferenças individuais caracterizadas por racismo e discriminação, etc.
As questões ético-morais e psico-espirituais parece ter sido abolidas. A depreciação ostensiva dos valores familiares, por ex., tem contribuído para desestruturar ainda mais as mentes já empobrecidas cultural e religiosamente. A miséria física e moral atual estão intimamente ligadas aos desmandos governamentais que procuram nivelar todos os indivíduos por baixo e para baixo. E além disso forçam as pessoas a duas posições - a favor ou contra, sem liberdade para agir de forma independente. Isso acentua a criação de uma mentalidade fechada, egoísta, preconceituosa e até de fanatismos, como já ocorre abertamente em outros países.
E, já que se fala tanto em poluição do meio ambiente, queremos lembrar que essa "poluição mental" que vem sendo praticada é mais letal que qualquer índice de CO2.
Já dizia minha avó: "- Quem planta cardos só pode colher espinhos".