segunda-feira, 24 de maio de 2010

SISTEMA ÚNICO DE EDUCAÇÃO?

- Sistema único de educação? - Unificar a educação? - Como assim?
A proposta da candidata VERDE, Marina Silva, soa um pouco estranha.
Muito bem que pense num sistema que ofereça educação em igualdade de condições para todos a nível nacional. Apesar da diversidade e dimensões do país isso é possível enquanto considerarmos os aspectos de toda a infraestrutura física (prédios adequados, material didáctico de qualidade) e os aspectos humanos com destaque para um corpo docente com preparo de nível elevado, qualificado para atender "n+1" alunos, pois não podemos ignorar as marcantes diferenças individuais, além das diferenças culturais dos alunos das mais diversas origens. Aí é que a luz AMARELA entra em ação. E ameaça passar para o VERMELHO - Perigo!
Já é obrigatória a Educação "sob tutela do Estado, para crianças dos 4 aos 17 anos!"
- O que significa isso? - Significa que os pais com filhos de 4 anos até os 17 anos deixam de ser os educadores e orientadores de seus filhos. O Estado usurpa o pátrio poder de ensinar a seus filhos os valores cívicos, ético-morais, religiosos, culturais, etc, cada vez mais cedo, e, por um período mais longo. E, estes pais correm o risco de punições severas se contrariarem as regras, como ocorreu recentemente em relação à família que decidiu educar seus filhos em casa.
Tememos pelo futuro das gerações que aí estão e das próximas.
É notório o uso da sala de aula para impor ideologias, a exemplo do que ocorre nos países comunistas-materialistas-ateus. Esse sistema, com amplo resultado negativo, destroi a personalidade criando jovens sem perspectivas de vida. As consequências são fatais: alto índice de uso do álcool e drogas, envolvimento com o crime e do suicídio entre jovens, cada vez mais cedo, etc, que, cerceados por um sistema que impõe o "politicamente correto"(*) como norma, procuram uma válvula de escape, uma fuga para sua triste realidade.
(*)-"Politicamente correto" corresponde a uma espécie de manual de comportamento e policiamento do pensamento e do vocabulário. Há uma espécie de "código" que determina o que é considerado "correto" pensar, dizer, divulgar. Leva o indivíduo a deixar tacitamente de usar palavras, emitir opiniões, fazer críticas, etc, para evitar punições por parte dos superiores e até por parte de colegas radicais - como ocorre em Cuba, na Coréia do Norte, Irá, Venezula e em todos os países onde as liberdades individuais de há muito foram abolidas.
Educação deve ser para todos. Mas, para a Liberdade, e não para a submissão cega. E, Liberdade com Responsabilidade.
Repetimos aqui o que já dissemos em outros artigos: "O ser humano não é apenas corpo material e mente intelectiva. Ele é uma centelha Divina e como tal tem o direito de realizar-se plenamente".
Tememos que esse sistema de unificação do ensino proposto venha a corroborar na manipulação das mentes infantis, deformando-as com a "história oficial" contada ao gosto de mentes doentias.
Toda atenção é pouca! Os meandros da política estão repletos de armadilhas... Que não seja este mais um passo rumo ao fim das liberdades, visando criar a tal "sociedade utópica". Esfacelada ela já está. Se querem fazer na Educação algo bom, de qualidade, deixem a cada comunidade que se organize, a exemplo do que já ocorre nos países de primeiro mundo onde os pais é que decidem que Escola querem para seus filhos. Essa é a verdadeira democracia. E funciona, haja vista os resultados. As crianças e jovens não só estabelecem seu ritmo de atividades escolares, como sua inciação no trabalho produtivo remunerado. Aprendem com Liberdade e senso de responsabilidade. É isso que esperamos para nossas crianças e jovens.

"Nem os tiranos da antiguidade, nem os monarcas absolutos da Idade Média, nem Thomas Hobbes, nem Maximilien Robespierre, nem talvez o próprio Karl Marx imaginaram jamais estender o poder do Estado aos meandros mais íntimos da alma infantil, para fazer dela a escrava dos planos governamentais insanos". (Olavo de Carvalho - 13/05/2010 - 'Para Além de Hobbes').