quarta-feira, 18 de agosto de 2010

UFOLOGIA - I - (MÃE-DO-OURO)

A Ufologia é um assunto que tem dominado nos noticiários devido à liberação de documentos tidos como secretos pelas autoridades até há pouco tempo.
A primeira notícia que ouvimos em nossa infância de que havia algo mais a circular por aí, data da década de 1920 (século passado!). O fato narrado por minha mãe foi experiência vivida por ela e outras pessoas na fazenda do meu avô, no município de Piraju - SP.
A lenda contada por antigos moradores da região falava na "mãe-do-ouro" que aparecia em forma de uma forte luz; seria a guardiã de uma fortuna enterrada por lá, possivelmente desde o tempos da guerra do Paraguai...
Tudo lenda e motivos de piada, até que em certa madrugada, pequeno grupo de jovens, entre eles minha mãe, voltavam de uma festa. Já na estrada dentro da fazenda foram surpreendidos por uma luz forte, de cor vermelha, estacionada a certa altura do chão que se destacava no alto da colina oposta à sede da fazenda.
- "Olhem a luz!" - é a mãe-do-ouro! - disse um dos jovens.
Assustados e curiosos continuaram a caminhar; e, instantes depois se distraíram com as fofocas da festa e esqueceram da luz. Só se lembraram ao chegar em casa quando se despediam, indo cada um para sua residência. Ao olhar para o local onde deveria estar, não estava mais lá. Mas o que mais os impressionou é que no local onde deveria estar a luz, a escuridão era mais forte do que ao redor

O assunto dominou no dia seguinte. O irmão mais velho de minha mãe que não fazia parte do grupo ironizou: - Devia ser algum gatuno sondando as fazendas para roubar a colheita guardada nas tulhas... - e prometeu que daria um carreirão a quem aparecesse por lá.
Mas ninguém notara falta de nada, nem das tulhas nem dos animais que eram criados. Meu avô e meu bisavô opinaram que deveria ser a combustão natural de material orgânico - o tal de fogo-fátuo...
Poucos dias depois o tio Vitório, lá pelas 22 h voltava à cavalo para casa quando foi surpreendido pela tal luz. Estava bastante próxima para ele constatar que não era o lampião de nenhum gatuno. Apressou o passo do cavalo. A luz o acompanhou. Ele fez o cavalo correr o que deu; assim que atravessou o ribeirão antes de chegar na sede a luz parou a certa altura próximo ao curral, enquanto ele, esbaforido livrou o cavalo dos arreios e do freio. Pulou pela janela do seu quarto deixada encostada para não incomodar quem já dormia. Lá caiu ele com arreios, botas e tudo o mais no meio do assoalho de tábuas fazendo um estardalhaço e acordando todos.
Assustados levantaram para saber o que acontecia. E desde a janela puderam observar a luz vermelha, brilhante, fixa, estacionada logo abaixo do curral até que repentinamente desapareceu deixando a sensação de maior escuridão no local.
Tempos depois ela reaparece. Dado o alerta, vários jovens resolveram enfrentá-la. Armados de paus, foices e até uma espingarda, lá foram com um lampião na mão ao encontro da luz. Esta não se intimidou. Muito pelo contrário, avançou sobre eles, que tiveram que correr e buscar refúgio até que a luz decidiu partir.
UFOS? - "Mãe-do-ouro"?
Eles sempre estieram por aí... Quem ainda não viu?