sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DÍZIMO...

O Dízimo! Quão desvirtuada está a prática instituída como regra social numa época distante. Ele era uma forma de expressar gratidão, alegria e confraternização anual para o povo de Deus. A cada três anos o Dízimo era determinado como doação à cidade para ajudar aos menos favorecidos (Deut. 14- 22 a 29).
Mas, através da história tem surgido os "líderes" da sociedade que se comportam como donos da verdade (e do alheio...). Essas pessoas inescrupulosas, através de chantagens emocionais, tem dominado pessoas ingênuas que, mantidas na ignorância já não conseguem ouvir a voz intuitiva do bom senso e perceber que Aquele em nome de quem é pedido o dízimo não precisa de um centil sequer! E todas as doações estão na verdade indo para o bolso de muitos aproveitadores da boa fé dos fieis. Nos últimos tempos tem-se multiplicado os aproveitadores que já não se limitam à cobrança de pequena parcela anual - o dízimo = dez por cento dos ganhos. É como dizia um velho vizinho nosso - "a esmola é para o santo, mas quem usa?"
E também já não são só os grupos religiosos que assim agem. Temos os sindicatos e partidos políticos que cobram de forma compulsória dos trabalhadores e dos correligionários o dízimo. Que grande achado! O Dízimo!!! - Dinheiro limpinho, sem esforço, mensal, garantido com desconto em folha de pagamento... Onde e como está sendo usado esse dinheiro?
E na mesma linha de dominação temos as "bolsas" instituidas para 'distribuição de rendas', nas palavras dos políticos, mas que não passam de uma desvirtuação do que é feito em alguns países de primeiro mundo onde realmente existe distribuição de renda, anualmente, igualitariamente com base no PIB nacional, independente do cidadão ser rico ou pobre. As 'bolsas' em nosso país tem-se tornado incentivo à vagabundagem e corrupção. E ainda questionam a aplicação da Lei da VADIAGEM!
Assim, a fala do 'Grande Inquisidor' de Dostoiévsky: "No final, eles colocarão sua liberdade a seus pés e implorarão: faça-nos seus escravos, mas nos alimente" - já é uma triste realidade.
Enquanto não chegam ao poder sabem ditar regras a quem está lá. Depois não dispensam tudo o que o capitalismo tem de bom, passam a se comportar como monarcas, livrando-se da Lei e tornando-se em déspotas rodeados de aduladores.
Sempre houve ricos e pobres. Sempre houve pessoas de bem, trabalhadoras, conscientes de suas obrigações para com a sociedade e com o próximo. Infelizmente também sempre houve os aproveitadores e oportunistas que se outorgam direitos questionáveis.
Dízimo!!! está na hora de repensar o assunto...
"O que mais nos preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem carater, dos em ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons".(Martin Luther King)