segunda-feira, 24 de agosto de 2009

INICIAÇÃO ESPIRITUAL

"IDÉIAS SÃO TRANSMISSÍVEIS. EXPERIÊNCIAS NÃO!"
Mas, sempre há os iludidos que acham que existe uma "varinha mágica" acionada por um guru que realiza o milagre da "iniciação espiritual".
Encontramos um texto que narra um desses episódios ocorrido com M. Gandhi.
Certo dia dois candidatos à suprema espiritualidade procuraram Gandhi expressando o desejo de receber a iniciação espiritual. Aceitos, hospedaram-se no ashram. Gandhi inicialmente os encarregou de varrer as folhas secas do pátio; depois foram encaminhados para a cozinha descascar batatas e cortar verduras, e também rachar lenha para o fogo que iria preparar o almoço de todos. Os dois candidatos foram cumprindo as tarefas que mais a tarde teve o prolongamento na limpeza das privadas e fossas das aldeias vizinhas, acompanhando a turma especializada encarregada do serviço. Os dois candidatos à suprema espiritualidade cumpriram a tarefa. Ao voltar ao ashram, preocupado um disse ao outro: - Será que Gandhi se esqueceu do nosso pedido de iniciação espiritual?
À noite após a refeição e a meditação de uma hora, foram descansar. No dia seguinte a mesma rotina de trabalhos com algumas variantes. Ambos não escondiam a decepção. Esperavam algo especial, um ritual místico, uma cerimonia de iniciação, e nada!
No terceiro dia não se contiveram e um perguntou a Gandhi:
- Mestre, quando começará nossa iniciação?
- Já começou. - respondeu Gandhi.
- E quando terminará?
- Terminará quando vocês fizerem de boa vontade o que até agora fizeram de má vontade. - foi a resposta.
Os dois candidatos sumiram. A grande lição que eles não perceberam é que não existe alo-iniciação; só há auto-iniciação. O guru externo apenas aponta o caminho!
A verdadeira iniciação é o começo de uma nova consciência mística. Ela se repete através dos tempos e como exemplos temos um Paulo de Tarso, Agostinho, Francisco de Assis, Pascal, Albert Schweitzer, M. Gandhi, etc.

Ensinamentos do grande M. Gandhi:
"A não violência é o artigo número um da minha fé; e é também o último artigo do meu credo".
"A dignidade do homem exige obediência a uma lei superior - ao poder do espírito."
"A vida humana é uma série de responsabilidades; e nem sempre é fácil fazer na prática o que na teoria se enxergou como sendo a verdade."