quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O FOGO - SEUS MISTÉRIOS

Enquanto os "silfos", leves e soltos rodopiam no ar levando vida, o fogo, na figura das "salamandras" vai transformando, renovando tudo num ritual voraz, incontrolável, multiplicando-se em volteios pelos campos afora..
Alimenta-se do seu companheiro - o vento inconstante e perdulário. Exaustivos, ambos - fogo e vento - purificam, regeneram, convidam à reflexão.
Entre os cristãos, o fogo novo, símbolo do Ressuscitado é celebrado na noite de Páscoa; no Pentecostes, sob a forma de línguas ou labaredas, num êxtase espiritual, ocorre a comunicação do Espírito Santo promovendo experiências místicas individuais de fortes emoções.
Presente em muitas religiões e seitas, em templos e rituais, o simbolismo ígneo é respeitado, cultuado e festejado.
Descido dos céus, faz parte da origem da terra. Destrói e renova.. Aterroriza e causa admiração.
E a fumaça que dele se desprende em direção aos céus é um elo de ligação. É o ato final do desprendimento leve do mundo material numa elevação espiritual. As cinzas que restam são a nova terra a se renovar... - para o bem, ou para o mal...
Luz e sombras.
Chama votiva, ou labareda incontrolável.
Fogo ardente é chama que se eleva ao sabor dos ventos.
Vento, sopro divino, de divindades inquietas, suportes da criação.
Fogo e Vento - eternos transformadores em ação.