Sustentabilidade - palavra mágica do discurso politico correto. Corretíssimo!!!
Sabemos que há bons projetos em andamento e modelos de sustentabilidade que podem ser seguidos e copiados, em especial aqueles se espelham na sustentabilidade de há mais de 60 anos vividos por muitos cidadãos de antes do anti-progresso poluidor ganhar destaque.
Falamos da época em que a população rural era dominante e em que a vida era voltada para o meio rural onde a palavra sustentabilidade ainda não era conhecida, mas praticada. Era a regra!
Na pequena propriedade familiar havia de tudo para consumo e o excedente era vendido gerando renda. Tudo era útil e era aproveitado de forma inteligente. A palha do café, do arroz, do milho, etc.. ia direto para produzir adubo orgânico utilizado na renovação dos solos devidamente cuidados no sistema de rotação de culturas e de terras. O "progresso" chegou e hoje a folha da cana de açúcar, por exemplo, ou é queimada, ou vai para gerar combustível...e no solo são aplicados adubos químicos poluidores.
60 anos atrás o fogão era a lenha. Inclusive nas cidades. Chegou o fogão a gás e junto o alumínio das panelas. Lembro o desagrado que foi aquela imposição do consumo industrial. As panelas de ferro foram aposentadas. Hoje acrescenta-se ferro aos alimentos artificialmente o que não é saudável para todos.
Naquele tempo quase não havia carros. Caminhava-se. Carro era para levar doente a hospital.
Os alimentos eram produzidos ecologicamente corretos. A palavra ecologia não era conhecida da mesma forma que a palavra sustentabilidade. A carne era verde, os produtos eram todos orgânicos, os ovos eram todos caipira, amarelinhos, o leite ia direto do produtor para o consumidor; a manteiga era feita em casa, as verduras colhidas na horta na hora de usar. Comia-se bem. Não havia fome. E muito menos obesos!
Tenho pena das gerações atuais atulhadas em favelas, ou em apartamentos - que na época eram destinados apenas a maiores de 18 anos. E que dizer das crianças e jovens que hoje são levadas a ajudar a coletar lixo plástico das ruas, das praias, dos rios? - Ontem, nós alunos, inclusive os meninos, aprendíamos a fabricar cestos e sacolas de corda, barbante, tecido para uso em casa.
Quanta diferença! - Palavra que tenho saudade do tempo em que dava para fazer caderno para estudar em casa com o papel de embrulho da loja. Meu primeiro caderno onde aprendi a escrever e fazer continhas e a tabuada, foi confeccionado por minha mãe com papel de embrulho amarelo claro, devidamente alisado com o ferro de passar (a brasas) e costurado na máquina singer onde ela fazia a roupa da família - não havia roupas prontas nas lojas... tudo era feito em casa. Hoje temos tantas facilidades que sobra tempo para fazer nada, como a vida vazia e sem objetivos de muitos jovens que acabam presos de vícios.
Existe saída para todo esse caos.
Não creio que esse sistema politico que ora domina não só o Brasil, mas do mundo globalizado dos "direitos" em detrimento dos deveres de cada um venha a resolver em curto prazo esse problema da sustentabilidade.
FALTA UMA POLITICA para mudar hábitos e tudo depende de não contrariar interesses. É possível a volta aos bons e saudáveis costumes. Hoje faz-se turismo ecológico rural para saborear comida caseira feita em fogão a lenha e em panelas de ferro, com produtos orgânicos!!! Para respirar ar puro, fazer caminhadas nas trilhas. Redescobrir os sons da natureza...
Pode-se fazer a volta à sustentabilidade através de criação de agro vilas auto-sustentáveis, ou de unidades rurais de subsistência.
Falam em escolas para formação profissional. Gostaria de ver muitos projetos práticos de escolas rurais onde famílias inteiras pudessem se integrar e reaprender como viver de forma sustentável à moda do passado recente. Isso nada tem a ver com a tal reforma agrária que não sai do papel.
Afinal, não é condenando o errado que o paraíso vai se estabelecer na terra. Ele não vai cair do céu, que eu saiba...