segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ALFABETIZAÇÃO OU EDUCAÇÃO DIFUSA...

Afinal, qual a vantagem de ser alfabetizado neste país?
- Alfabetização é mais do que saber identificar as letras e juntá-las em palavras. É muito mais do que saber ler e escrever. É o domínio do idioma falado, o que parece não ser o forte dos burocratas ocupados em ditar regras para a educação nestas últimas décadas.
Não falamos isso por conta da recém eleição do sr. Abelardo (Tiririca) para deputado estadual e a forma de avaliação adotada para considerá-lo alfabetizado. Falamos pelo que acompanhamos em relação às medidas tomadas exatamente nos órgãos governamentais que cuidam da Educação. Ainda não conseguem distinguir entre educação e instrução. Já ouviram o galo cantar.
No entanto, ignoram o que seja um currículo escolar. Admitem ser necessário, mas segundo as novas regras ditadas pelo CNE estão deixando ao cargo das escolas e sistemas de ensino elaborar os currículos.
Esquecem que um currículo de conteúdos sistematizados deve ser Universal.
O Brasil com mais de 192 milhões de habitantes e um território de 8,5 milhões de km² precisa de um currículo único básico se queremos que todos tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem de conteúdos para serem avaliados num exame Nacional.
Um currículo básico inclui: Língua Portuguesa e Literatura, Matemática, Geografia, História, Ciências, Música, Desenho, Educação Física, etc...
Quanto à recomendação (forte) de não reprovação (retenção) de alunos até o 3º ano do ensino fundamental, não vai melhorar em nada o aprendizado individual. Há necessidade de mudar o conceito de reprovação. E, se o aprendizado foi insuficiente, a culpa NÃO é só da escola!!! Toda criança sabe seus limites; precisa de tempos diferentes para elaborar o aprendizado. E é isso que deve ser proporcionado sem traumas, mas como um desafio a ser vencido.
Democratizar o ensino não é criar mecanismos para aprovar. É ensinar de forma simples, direta, objetiva...
Ditar regras é fácil. Na prática a teoria é outra. Para não alongar fica a pergunta:
- Qual é a real experiência dentro de sala de aula, em alfabetização, no dia-a-dia, a dos signatários das regras ora ditadas?
E: - Continuaremos a ter uma educação difusa "genérica" de superficialidades , ou um ensino de conteúdos universais específicos, sistematizados ministrados gradativamente a nível nacional?