As desigualdades da vida não existiriam se todos fossem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir bens, e, sóbrios e previdentes o bastante para usar e conservar esses bens. No entanto, a realidade é que as desigualdades de indivíduo para indivíduo são extremamente acentuadas; portanto, pobreza e riqueza estão vinculadas a uma questão de competência para adquirir e administrar bens materiais.
Se, matematicamente as riquezas fossem repartidas com igualdade, a cada um seria dada uma parcela mínima, insuficiente. Em pouco tempo seria desfeito esse equilíbrio, pois cada individuo tem um modo de agir, tem aptidões diferentes e os mais aptos no trato com bens materiais, logo teriam em suas mãos o que os outros não sabem usar.
A origem do mal reside no orgulho e no egoísmo.
A verdadeira riqueza é aquela que o homem pode levar consigo para onde quer que vá, e que nenhum usurpador lhe poderá roubar. Ela é formada pela inteligência, pelos conhecimentos que adquirir e pelas qualidades morais. Esse é um patrimônio individual que pode ser repartido ao infinito e que nunca se esgotará. Costumo dizer que, ao nascer, cada um recebe um "kit" completo formado pelo corpo - mente/inteligência - e espírito, inegociável e de responsabilidade individual. Do bom ou mau uso que fizermos desse "kit" é que seremos mais ou menos felizes e realizados.
Os espiritualistas dão mais importância ao conhecimento transcendental; os materialistas se apegam aos bens materiais e aos prazeres da vida; e, os intelectuais mergulham em infinitas interpretações de ideias, ideais e utopias muitas vezes tão fantasiosas que já conduziram a humanidade a catástrofes históricas quando aplicaram suas ideias e sonhos mirabolantes à vida politica e social.
Fanatismos e radicalismos são o maior mal em qualquer um dos casos. São piores do que qualquer pobreza material pois demonstram pobreza de valores mais importantes que o próprio ouro.
Lembremos que os trabalhos de grande vulto que geram progresso e bem estar à humanidade ficariam impossibilitados de ser realizados se por ventura, um país ou Nação, quiser repartir os bens tirando a oportunidade de quem produz continuar a produzir e colocando nas mãos de quem não tem habilidade os bens que não sabem administrar.
O mundo de orientação comunista atéia que concentra as riquezas em mãos do Estado sob a alegação de distribuição igualitária para todos está repleto de exemplos desastrados de condução para a inanição e pobreza generalizada de seu povo. Todos conhecem o caso de Cuba e dos países do Leste Europeu...
"Doar conhecimentos é o mesmo que com a luz de um fósforo acender milhares de outras luzes sem perder a sua luz".