sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

EM FOCO: A REFORMA AGRÁRIA

No decorrer de algumas administrações anteriores soubemos que deputados e senadores teriam ido a Israel conhecer o sistema de Kibutz. Ficamos esperançosa de que estivesse em pauta a adoção a nível nacional de algo semelhante para atender a demanda de pessoas vivendo de forma precária (miserável) por este rico país afora!
O tempo passou e milhões de pessoas ainda continuam na miséria, querendo terra para trabalhar. E, muitos deles vivem em assentamentos mas não conseguem sequer produzir para seu sustento. Outros sobrecarregam as periferias das cidades ocupando áreas de risco por falta de uma opção melhor de vida.
É revoltante. A politização do assunto "reforma agrária" é uma vergonha. O cidadão que não tem um mínimo de condições de sobreviver no campo é mantido mobilizado na ilusão de ser "dono" de um pedaço de chão. O trabalho na terra exige em primeiro lugar saber trabalhá-la e ter gosto pelo serviço. Poucos tem essas qualificações. São levados de uma área para outra como um fardo. E, dizer que há seres humanos que se prestam, a esse papel.
O pequeno ruralista no passado não muito remoto, não tinha ajuda do governo para nada. Nem estradas havia para as carroças transportar a colheita até a vila ou cidade mais próxima. Eram feitas e conservadas na base de mutirões, pelos usuários. O imigrante europeu afeito ao trabalho do campo e o asiático(japonês) sobreviveram no campo graças à sua própria força de trabalho. Conhecemos muitos exemplos, especialmente em terras paulistas e paranaenses.
De boas intenções o inferno já está lotado. Não é necessário transformar em um inferno a vida de tantas famílias atiradas em acampamentos de beira de estradas para pressionar o governo por uma reforma inexistente, pois o governo só sabe distribuir bolsas, cestas básicas, quotas, aluguel social, etc., ao invés de colocar em prática sistemas de ocupação do solo que funcionam muito bem e proporcionam uma vida digna. Falar em socializar e praticar um capitalismo às custas de quem trabalha é no mínimo imoral.
É necessário reformular cabeças, pensamentos, ideologias superadas e inoperantes, usar de bom senso e principalmente respeitar o cidadão. Reorganizar tudo em moldes mais humanos e respeitosos é possível, necessário e urgente.
Reeducar e formar uma nova mentalidade, já!