-Justiça, por onde andas?
- De olhos vendados. Parece surda. Continua calada... e sentada... pois, em pé cansa!
O tempo passa, passa, passa... e os processos amontoados entre tantos outros a esperar por uma solução que só a justiça humana deve solucionar. Mas, a justiça humana tarda... tarda... e quase sempre falha!
- Não estamos falando por falar. É a realidade que vivemos há algumas décadas.
Nem toda a moderna tecnologia consegue agilizar os processos atados à burocracia dos prazos, dos recursos, dos decursos de prazos, das férias judiciárias, dos desvios de papéis, dos esquecimentos, etc., etc...
Há uma fábula de Esopo que tenta explicar a causa dessa justiça morosa, desorganizada, falha.
Conta Esopo que Zeus mandou Hermes inscrever sobre conchas as faltas dos homens, e que as recolhesse junto dele em uma caixa para que ele pudesse fazer justiça a cada um. As conchas ao serem recolhidas à caixa, misturaram-se entre si, e assim, umas chegaram mais cedo que outras às mãos de Zeus, que deveria julgá-las com justiça.
Moral - Não é para ficar admirado ao vermos os injustos e maus não receberem tão depressa o castigo por suas faltas.
Certamente devemos à burocracia moderna das "conchas" o lento e desorganizado andamento da Justiça em nosso país e as inúmeras falhas e injustiças.
Haja paciência!
Dizia minha avó: - Há um Santo que só diz: "mais, mais, mais..." e, as coisas ficam como estão até que o Santo dê um cochilo; aí as coisas mudam de rumo; se for para melhor, quando ele recomeçar a dizer: "mais, mais, mais"... tudo irá melhorar! Não desanime. Um dia as coisas mudam!